quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Atividades do Módulo IV da Formação do ProUCA - 3° e 4° anos

Sequência didática

Título: Africanidade e Valores

Autoria:
Carla Helbert Diefenthaler
Carla Raquel Strzalkowski Hackenhaar
Cristiane Liebl
Esmeralda Passold
Indiamara Vegini
Jeisa Fabiane Lemos de Almeida
Lucimar Bacca
Vaneide de Pra

Instituição: Escola Municipal de Ensino Fundamental “Waldemar Schmitz”

Disciplinas: História, Geografia, Português, Educação Física, Ciências.

Turmas envolvidas: 3° e 4° anos.

Objetivos:
  • Proporcionar aos alunos o conhecimento das diversidades culturais (seus valores) que precisam ser estudadas, valorizadas e respeitadas.
  • Conhecer um pouco da história dos africanos no Brasil.
  • Reconhecer a influência africana no nosso idioma, culinária, brincadeiras, jogos, cantigas, lendas e festas populares.

Duração: uma semana.

Metodologias:

1° momento: Comentamos inicialmente sobre o dia da consciência negra, o que eles sabiam sobre esta data, após as respostas que foram poucas, começamos contar a história dos africanos no Brasil.

2° momento : Encontramos a resposta do dia da consciência negra no Brasil. Pegamos o mapa mundi e localizamos a África e alguns países. Neste momento os alunos puderam entender o que são continentes e quais são.

3° momento: Fomos ao ATE ler a história: Os cabelos de Lele. A história e as imagens foram passadas no datashow. Comentamos a história. Acessamos a Internet e usamos o site de pesquisa google para conhecer um pouco da cultura africana. Voltamos pra sala.

4° momento: Após a leitura da influência africana no nosso idioma, listamos as palavras que são de origem africana.

5° momento: apresentamos a culinária afro-brasileira e a história da feijoada.

6° momento: Foi apresentado aos alunos alguns jogos, brincadeiras, cantigas e festas populares de origem afro-brasileira, após listamos no quadro coletivamente algumas delas, ouvimos algumas músicas (maculelê e outras) e a professora de educação física desenvolveu na quadra as brincadeiras que os alunos escolheram.

7° momento: a professora Vaneide (SEMED), veio até nossa escola contar a história da boneca Abaiomy, após ela ensinou as turmas a confeccionar as bonecas com retalhos, que antecipadamente as professoras regentes das turmas haviam solicitado e com ajuda de todos os profissionais envolvidos, todos os alunos fizeram sua própria boneca. Neste momento percebemos muita criatividade dos alunos, envolvimento e participação de todos.

8° momento: o professor Valdir trará no dia 25 de novembro para a escola um grupo que apresentará a “Capoeira”, antes de assistir a apresentação as professoras regentes trabalharão em sala a cultura dessa dança/luta.

9° momento: como avaliação os alunos relataram o que aprenderam no UQUINHA, usando o editor de texto BrOffice writer, explorando todos seus recursos.

Recursos complementares:

HONORA, Márcia e Antonio Jonas Dias Filho. Africanidades. Ciranda Cultural, São Paulo, 1 edição.

Recursos tecnológicos:

Datashow, Internet, UCA, filmadora, máquina fotográfica, aparelho de som.


RELATÓRIO FINAL

Tema: Africanidade

Quando nos foi proposta, a atividade IV, não tivemos dúvidas de que o tema escolhido para a problematização seria Africanidade, devido a proximidade da Semana da Consciência Negra e pelo fato da nossa Escola estar organizando-se para realizar um evento voltado a este tema.

Tivemos o cuidado de planejar e organizar cada passo, pois teríamos somente 3 semanas para repassarmos aos alunos o conteúdo e aliarmos ao mesmo a prática, sem esquecer de atingir ao término disto, nossos objetivos. Para isso solicitamos e organizamos todo o material necessário para cada aula, como: máquina fotográfica, filmadora, data-show e outros. Tentamos sempre que possível, termos um de reserva para não perdermos nada, pois sabíamos que todos os recursos de mídia seriam importantes para o projeto, e que auxiliariam na melhor compreensão dos alunos.

O tema foi desenvolvendo-se e tornando-se cada vez mais interessante. Notamos que a cada aula, a cada exposição seja das professoras regentes, das orientadoras e convidadas, os alunos se mostravam mais atraídos pelo assunto. Em muitos momentos, víamos o fascínio nos olhos dos mesmos, principalmente quando visualizavam através da internet imagens das arquiteturas, semelhanças/diferenças culturais, líderes políticos de alguns países, características geográficas..., que mostravam uma identificação com a nossa realidade e semelhanças, de uma forma dinâmica e criativa, uniu-se teoria e prática.

Devemos também destacar a grande colaboração dos professores, alunos e orientadoras que estiveram sempre presentes e sanaram as curiosidades ou dificuldades, tanto na confecção das abayonis, jogos, brincadeiras e pesquisas.

Acreditamos que todos saíram com outra concepção sobre a África, negros, que não devemos ser xenofobistas e o mais interessante, auto suficientes quanto a dar e fazer sugestões e críticas em exposições teóricas e práticas; Para os alunos além dos conhecimentos adquiridos e salvos na memória, ficaram as vivências representadas nas abayomis que puderam levar para suas casas e quem sabe ensinar aos seus familiares,(que todos somos irmãos e podemos viver de maneira harmoniosa) muitos se tornaram objetos de decoração da mala ou chaveiros, mas agora com um significado muito especial.

Notamos que esta problematização poderá tornar-se uma pesquisa transdisciplinar e que poderá também abranger musicalização (construir,criar, conhecer e ouvir sons, músicas e instrumentos),estudar alguns costumes, de como se enfeitam, se vestem e dançam.

Por fim, acreditamos que não só os alunos ganharam com este pequeno trabalho, mas a nossa instituição de ensino, pois vimos que é possível trabalhar em conjunto com outras áreas um mesmo tema.

É a integração que promove a boa qualidade na educação.

Um comentário:

  1. Olá!

    Adorei essa aula.
    Parabéns.
    Gostaria de saber se você consegue postar a história da Abayomi. Tentei encontrar na internet, mas não faz muita menção.
    Sei que as mães negras faziam para seus filhos nos navios negreiros, mas queria a história na íntegra.

    Abraços.

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